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Teste de Rodapé 1

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Nada a ver


Por trás do teu pH neutro eu não imaginava
Eu juro que não via a erupção
Você conseguiu me dilacerar
Fez-me sangrar como antes nunca havia

Por que costuma doer assim, tão nada a ver
Aquele sentimento que era um soneto composto
Se desfez.
Aqueles versos com rimas prosaicas
Cadê?

Não vou desmanchar a composição das poesias
Por você

Que nada a ver
Aquele amor era de vitrine
Se ao menos existisse eu não estaria aqui
Escrevendo o meu martírio sem crase no feminino.

Quando "for pra ser", quem vai saber?
Como vou ter a certeza  de que é o certo?
(Do tipo que compõe comigo aquelas músicas infantis e que não enxuga minhas lágrimas porque nunca vai me fazer chorar.)

Que nada a ver
eu ter pensado que era você.

Tua acidez me corroeu por inteira
Nem amigos éramos, relação estranha
Sem amor
Sem paixão
Sem afeto
Sem carinho
Sem estrutura, igual essa droga aqui escrita.
Sem você.

Eu não sei.

Que nada a ver.



Escrevo pra quem não merece.